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Mobilidade internacional de estudantes do ensino superior na CPLP: questões de língua e cultura

by Maria Helena Araujo e Sa (Volume editor) Paul Feytor Pinto (Volume editor) Susana Pinto (Volume editor)
©2023 Edited Collection 302 Pages

Summary

A mobilidade estudantil é uma das principais estratégias de internacionalização das instituições de ensino superior, as quais têm vindo a investir intensamente em políticas diversas de atração e acolhimento académico. No contexto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, colocam-se problemáticas específicas e complexas no que diz respeito ao papel da língua portuguesa e das culturas nessa mobilidade, apenas parcialmente relativas à sua natureza de língua pluricêntrica: de que forma a língua portuguesa e as suas variedades regionais e nacionais surgem na mobilidade internacional de estudantes do ensino superior? Que representações das línguas e das variedades das línguas em presença podem ser identificadas? Essas representações apontam para discursos deficitários relativamente à variação ou, em oposição, para um entendimento da língua portuguesa, na sua diversidade intrínseca, como potenciadora de espaços dialógicos e de emergência de outras possibilidades de entender e observar o mundo, as sociedades e o conhecimento? Que desafios e potencialidades surgem do encontro entre diferentes culturas (pedagógicas, académicas, investigativas, epistemológicas …)? Será a heterogeneidade linguístico-cultural e pedagógico-académica considerada uma mais-valia ou um constrangimento? Em que aspetos e com que consequências e implicações individuais, sociais, linguístico-comunicativas e epistemológicas? Estas são algumas das principais questões abordadas neste livro onde se cruzam vozes de estudantes, professores, supervisores e instituições de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal.

Table Of Contents

  • Cobertura
  • Título
  • Copyright
  • Sobre o autor
  • Sobre o livro
  • Este eBook pode ser citado
  • Sumário
  • Índice de figuras e gráficos
  • Índice de tabelas e quadros
  • Tabela de acrónimos
  • Introdução (Maria Helena ARAÚJO E SÁ, Paulo Feytor PINTO & Susana PINTO)
  • Parte I. Planificação e práticas linguísticas educativas
  • 1. Analisando o pluricentrismo do português na produção acadêmica no Brasil: um panorama a partir de três universidades brasileiras (Milan PUH, Sabine GOROVITZ & Angela Erazo MUNOZ)
  • 2. Política linguística de convergência: o caso da integração académica e social dos estudantes angolanos em Portugal (Paulino Soma ADRIANO)
  • 3. Política linguística pluricêntrica em aulas de Português Académico (Paulo Feytor PINTO)
  • 4. Uma abordagem da escrita académica em contexto universitário moçambicano como instrumento de desenvolvimento e mobilidade (Conceição SIOPA)
  • 5. Português como Língua de Acolhimento no contexto acadêmico brasileiro: políticas e experiências da Universidade Federal do Paraná (Carla Alessandra CURSINO & Francisco Javier Calvo del OLMO)
  • Parte II. Ideologias linguísticas das comunidades académicas
  • 1. Esta prova é um chumbo ao ensino do português em Cabo Verde: ideologias linguísticas na exigência do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros para examinandos da CPLP (Ana Cecília Cossi BIZON & Leandro Rodrigues Alves DINIZ)
  • 2. Investigando entre línguas e culturas no contexto da formação doutoral: histórias à procura de autores (Maria Helena ARAÚJO E SÁ & Manuela GONÇALVES)
  • 3. Quando falei do Tarabandu, as orientadoras perguntaram: o que é Tarabandu? Papel das línguas e culturas no desenvolvimento da investigação doutoral (Susana PINTO)
  • 4. Como é que eu os oiço, como é que eu os entendo? Perceções dos docentes sobre inclusão linguística e social dos estudantes internacionais dos PALOP numa instituição de ensino superior portuguesa (Ana Raquel MATIAS)
  • 5. Línguas e culturas na supervisão de estudantes de mestrado do Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla (Angola) em contexto de cooperação institucional internacional: a experiência de supervisores da Universidade de Aveiro (Portugal) (Nilza COSTA, Betina SILVA-LOPES & Susana PINTO)
  • Posfácio: Onde nos leva esta língua? A língua portuguesa no espelho da globalização acadêmica (Gilvan Müller de OLIVEIRA)
  • Referências bibliográficas
  • Documentos referidos
  • Quadro de autores
  • Obras publicadas na série

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Índice de figuras e gráficos

Parte I. Planificação e práticas linguísticas educativas

Figura 1.1. Gênero dos e das estudantes

Figura 1.2. Nacionalidade

Figura 1.3. Nível de formação

Figura 1.4. Objeto de pesquisa

Figura 1.5. Fundamentação teórico-metodológica

Figura 1.6. Línguas da bibliografia

Figura 1.7. Referências em português (obra original ou traduzida)

Figura 1.8. Locais de publicação das obras em português

Gráfico 2.1. Perceção dos informantes em relação à diferença entre a variedade do português europeu e a sua variedade

Gráfico 2.2. Perceção dos informantes em relação à modalidade em que notam maior diferença, se a oralidade ou a escrita

Gráfico 2.3. Diferenças na língua e eventuais dificuldades de comunicação e integração

Gráfico 2.4. Respeito da variedade dos estudantes angolanos sem que sejam formulados juízos de valor pelos professores portugueses

Gráfico 2.5. Respeito da variedade dos estudantes angolanos com alusão pedagógica a desvios relativamente à norma padrão europeia pelos professores portugueses

Gráfico 2.6. Imposição liminar (ou não) da norma europeia por professores portugueses a estudantes angolanos

Gráfico 2.7. Dificuldades (ou não) de comunicação por parte de estudantes angolanos em serviços públicos de Portugal

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Gráfico 2.8. Informantes angolanos que defendem uma perspetiva mais conservadora e uma perspetiva mais inovadora relativamente à variedade do português de Angola

Gráfico 4.1. Comparação entre textos iniciais e textos finais

Gráfico 4.2. Comparação dos mecanismos enunciativos no texto inicial e final

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Introdução

Maria Helena ARAÚJO E SÁ, Paulo Feytor PINTO & Susana PINTO

Oito países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) — Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste — partilham a língua portuguesa como língua oficial, como língua de ensino e uma história parcialmente comum, fundamentos da própria CPLP e razões que sustentam a mobilidade internacional de estudantes do ensino superior, no interior da comunidade. No entanto, os oito países têm diferentes culturas, diferentes sistemas educativos e diferentes contextos de diversidade linguística e cultural, diferentes línguas em contacto e diferentes variantes do português em uso e/ou em desenvolvimento, que se encontram e entram em interação em situação de mobilidade, nomeadamente de estudantes no ensino superior. No sistema pluricêntrico da língua portuguesa, há duas normas nacionais, do Brasil e de Portugal, plenamente consolidadas, e outras duas, de Angola e de Moçambique, que têm vindo a ser estudadas e codificadas desde a década de 1980. No conjunto dos oito países, as diferentes variedades do português interagem quotidianamente com mais de 300 línguas autóctones, faladas por 45 milhões de pessoas, cerca de 18 % da população total (Araújo e Sá & Maciel, 2021; Pinto & Melo-Pfeifer, 2018).

Details

Pages
302
Year
2023
ISBN (PDF)
9782875746924
ISBN (ePUB)
9782875746931
ISBN (Softcover)
9782875746917
DOI
10.3726/b20354
Language
Portuguese
Publication date
2023 (February)
Keywords
Mobilidade internacional CPLP questões de língua e cultura
Published
Bruxelles, Berlin, Bern, New York, Oxford, Warszawa, Wien, 2023. 302 pp., 10 fig. col., 8 fig. b/w, 16 tables.

Biographical notes

Maria Helena Araujo e Sa (Volume editor) Paul Feytor Pinto (Volume editor) Susana Pinto (Volume editor)

Maria Helena Araújo e Sá é professora catedrática do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro, Portugal, e coordenadora científica do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores. É diretora do Programa Doutoral em Educação desta Universidade. Investiga nas áreas do plurilinguismo, intercompreensão e interculturalidade, em especial em contextos de formação de formadores. Paulo Feytor Pinto é professor de Português, investigador integrado do Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada (CELGA-ILTEC), da Universidade de Coimbra, Portugal. Mestre em Relações Interculturais (1999) e doutor em Estudos Portugueses, especialização em Política de Língua (2008). Foi presidente da Associação de Professores de Português (1997-2011). Susana Pinto é Investigadora no Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (Departamento de Educação e Psicologia, Universidade de Aveiro, Portugal). Investiga nas áreas da supervisão e investigação interculturais, políticas linguísticas educativas e competências plurilingues e interculturais no ensino superior.

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